6.3.05

O REALEJO

O morgadinho de Gaia, essa flor do arbusto animal, do alto do seu complexo de aptidões terá pensado e depois disse que Cavaco Silva não é “moderno, moderado e condizente com os padrões europeus”.
Mas, como, porventura, até ele já percebeu quem vai ganhar as próximas presidenciais, tentou um sorrateiro argumento – novo em matéria eleitoral – capaz de riçar o pêlo a qualquer um: “os militantes não devem, contudo, pensar só em ganhar as eleições”.

Devem até é pensar noutras coisas...

Com este bodo de honra, o morgadinho contribui, numa linha muito sua, com guturalidades e outros sinais valiosos para a confecção dum tratado de fala dos bugios, sendo que, depois do exercício, lhe refulgiam nos olhinhos atormentados pinchos de auto satisfação.

Tudo isto, que deve ser só o princípio, nos traz às observações do dr. Paul Sollier (vd. “Psychologie de l`idiot et de l´imbécile” lib. Félix Alcan, Paris, 1890):

Nos chamados macacos jantareiros, à semelhança do que sucede nos idiotas, os sinais de alegria aumentam quando a comida é de borla, ou em casos pagantes, quando o criado do restaurante errou a conta para menos.
Mais, substituindo alguns dos pratos por palha, o animal dá profundos sinais de irritação.

Temos pois um caso de galopadas do pensamento.
Enfim, tudo visto, terá de ser explicado ao morgadinho que, em termos de pagode macacal, o PSD já deu para esse peditório.
Só faltava mesmo era o macaquinho de pilha 2.



BrVtna