OS CRITÉRIOS DE MARQUES MENDES
Durante a ausência de explicações sobre os critérios utilizados nas decisões tomadas por Marques Mendes, tentavam-se encontrar justificações avulsas...
Enquanto que para Santana Lopes servia o argumento da excepção à regra, ou seja "salvo razões poderosas" os presidentes em funções serão candidatos.
Já para Isaltino servia a afirmação da recandidatura dos presidentes em funções.
No caso de Valentim Loureiro o problema era o das investigações no âmbito do "apito dourado"...
Mas então surge a questão de Isabel Damasceno. Era preciso encontrar outro argumento.
Com a decisão da recondução da presidente da autarquia de Leiria à vista, tornava-se imprescindível a explicação dos critérios do líder do PSD para a sua selecção de candidatos.
"Eu não tomo decisões com base em processos judiciais. Os partidos existem para fazer política, não para se substituir à acção dos tribunais".
"Quero ganhar o maior número de Câmaras Municipais, mas não quero ganhar a qualquer preço: há princípios e há critérios de credibilidade a observar".
Finalmente. São estes os critérios de Marques Mendes. Sem dúvida que tornam coerentes as decisões de Marques Mendes no que respeita às escolhas até agora efectuadas.
Até agora foram boas opções. A questão é que também podem justificar outras opções menos correctas.
O problema é que estes critérios "políticos" são assim como os "perfis" que servem para escolher deputados. Normalmente cabem lá todos. Não seleccionam. Pior: justificam tudo.
Mas Marques Mendes foi eleito democraticamente. E só será presidente do PSD enquanto os seus militantes o quiserem.
Manuel S. Carneiro
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