20.6.05

DE PAPEL PARDO


Ao final da noite, em dois canais (sic-noticias e rtp-n), surgem d´enxurro dos outeiros das indústrias extintas dois artistas da bambocha que fazem duvidar sériamente da sageza da mãe natureza: dois orangos, rui santos e paulo sucena, cada qual em seu galho, o primeiro o dos "grandes temas" do desporto, o segundo o da "liderança sindical" dos professores.

Serão eles um sinal, ou até o sinal, dum fim de raça patusco, em que o grupo social em que se integram, já desalentado, deixa circular sem com isso se incomodar os taludos que, com olhinhos amarelos muito juntos ao nariz, desenvolvem uma actividade meramente poluente e ainda dela se cobram?

O que é certo é que, nutridos, eles andam por aí, soltos, com lanugens morrinhosas, chapando-se-lhes o facies em presunto de fiambre e arenque seco, respectivamente.

Quando é que alguma alma caridosa lhes enfia, a um e a outro, uma barretina de papel pardo e os põe de sentinela em cima dum banco?


lourençoBravo