26.6.05

UMA FÉ INCÓMODA

(in publico de 26.6) Vasco Pulido Valente reitera a sua tese de que "se a educação não lhe serve para nada de útil o indivíduo não a quer."

O texto - "Uma fé cómoda" - acaba assim:

"
(...)

Não ocorre a ninguém que o valor da educação é mais baixo em Portugal. Quando esse valor é grande, tudo corre bem, porque toda a gente o protege e o procura para si ou para os seus filhos. Quando é pequeno ou nulo, toda a gente o ignora e o despreza, e tudo acaba em desperdício.
Se existisse em Portugal um mercado capaz de absorver a mão-de-obra sofisticada que desde Veiga Simão o poder político pretende criar, o ensino português seria admirável. Ou, pelo menos, não seria tão mau. Sucede o contrário, porque o atraso provoca a incompetência, a ignorância e a iliteracia; e porque a educação, principalmente a educação escolar, nunca em parte alguma conseguiu acabar com o atraso. Só que a ortodoxia acredita que sim , como dantes se acreditava
que o alfabeto promovia a virtude e o civismo. É uma fé cómoda."



Esta, a de VPV, é uma "fé" incómoda.
E traz um outro problema, aliás bicudo: é que, desgraçadamente, parece mais conforme à realidade do mundo e das suas coisas.



crstdVal