16.7.05

NUNCA CHEGOU A CHEGAR

" Só falta um presidente manuel alegre e o assentamento no fundo do lodo fica completo"
bv



"UM VERÃO ANTES DAS TREVAS
O "prefeito para a congregação do défice", o honorável Vitor Constâncio, veio uma vez mais dar más notícias. O Boletim Económico do Banco de Portugal/Verão 2005 não é leitura que se recomende para a praia.
De nada valeram estes três anos em que, mês sim, mês não, nos vieram prometer a "retoma". Nunca chegou a chegar. Segundo o proficente Constâncio, sem ainda termos propriamente saído de uma, já corremos sérios riscos de entrarmos noutra recessão. A imatura economia portuguesa, sombria e cercada pelas piores "perspectivas" exteriores, continuará axfixiada.
Os milhões do eng.º Sócrates e do dr. Pinho correm o risco de submergir neste turbilhão global em que uma economia periférica, pobre e materialmente subdesenvolvida, pouco mais pode fazer senão esperar.
Entretanto o país arde alarvemente perante a impotência aparente dos poderes públicos. Isso também soma ao "incremento" negativo da economia e da "confiança" das gentes.
Uns escassos meses depois de um novo fôlego e de uma "nova esperança", o país adormece para o Verão em estado de pré-pesadelo. O regresso à realidade, com autárquicas, escolas, fábricas, empregos públicos e privados "a arder", promete ser doloroso.
No fundo, a "história" destes últimos tempos apenas regista o percurso de um imenso fracasso, uma espécie de "choque tecnológico" ao contrário.
E a falta de vivacidade e o ar permanentemente timorato do ministro da Finanças já começam a fazer parte desse percurso.
Tudo e todos me fazem lembrar o título de um livro antigo e esquecível que não desejo premonitório: um verão antes das trevas.
(# posted by jg : 13.7.05)"


bvt

1 Comments:

At 10:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Agora que o ferro está quente...aproveitem a lição do Pol Pot, acabem-se com os problemas financeiros eliminando a moeda, acabem-se com as diferenças entre as cidades e os campos, arrasando completamente as cidades ..e por aí fora..( optando sempre pela solução aparentemente mais fácil)mas, atenção... não destruam nunca nem palácios nem palacetes, porque há sempre que mereça deles usufruir, de preferência sempre por força de decisôes de terceiros o que empresta um cariz mais democrático ao problema.
É que sem soluções equitativas os pagantes do costume parecem não estar dispostos desta vez a colaborar...começando a desconfiar da oferta pública de tantas virtudes e de tantos virtuosos!

 

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