19.7.05

O PÁTIO DAS CANTIGAS

“Tu não te deites a afogar duma ponte tão baixinha”




"Não são apenas as revisões em baixa do crescimento económico. Crescimento que se aproxima do zero, depois da recessão e da falhada retoma. O pior está na incapacidade para produzir e competir. As exportações de bens perderam 4% de quota de mercado em 2004. O consumo das famílias aumentou muito no primeiro semestre do ano passado, descendo a poupança. Mas a produção interna não respondeu. Resultado subida em flecha das importações. Depois o consumo esmoreceu e economia estagnou.

Entretanto, o rendimento disponível dos portugueses lá vai subindo alguma coisa, apesar de ter abrandado o crescimento dos salários. As transferências do Estado (pensões, subsídios de desemprego, comparticipações em medicamentos, etc.) já representam 28% desse rendimento (nada menos de 46% das despesas públicas são transferências). E depois há o endividamento, que, com o actual juro baixo, tem permitido muitos gastos. Quando os juros subirem será um aperto. E se a produção nacional não for capaz de se tornar competitiva, será o empobrecimento gradual. O nosso nível de vida é insustentável sem um grande salto na produtividade. Para já, não se avista qualquer luz no fundo do túnel."
(sarsfield cabral-dn-19.8)



Enquanto isto, o putativo candidato presidencial manuel alegre confidenciou que estava "sensibilizado" com a ideia da estatuazinha lá em Coimbra.
A trajectória do desastre, iniciado no final dos anos 90 com um balofo PM, apadrinhado pelo PR mario soares e pelo PR jorge sampaio, pode ainda surpreender pela brutalidade.


brvta