2.7.05

RESVALO

O arraial de videirinhos com impacte popular que por aí segue à conta das autárquicas é desolador.

Tunantes como isaltino, aventino, valentim e felgueiras provam que, em larga medida, esta ainda é uma terra onde os falsificadores são admiráveis e que os artistas do aproveitamento de sobejos contam com plateias de grunhos e palermas (e de gatunos frustrados) prontas a aplaudir, e até a eleger para seus governantes, os artistas que moem bolacha velha, lhe juntam farinha avariada e vendem o pão daquela amassaria.

Já não é só o despudor, a velhacaria e a impunidade, pois, pelo que se vê, o escoucinhar da ética é uma etapa menor.

Do que se trata, agora, é, em resvalo para o embrutecimento, de vitoriar já o próprio couce.

E nessa matéria, a do couce na ética, os ídolos estão bem escolhidos.

Melhor que todos, também se diga, com as suas popas à frente, são os atuns - o sarrajão e o cachorreta.



CrsDvaL

1 Comments:

At 7:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Muitos portugueses esperam ansiosamente pela verificação da tão propalada vivência num estado de direito...ou se se tornará cada vez mais insistente a entrada na fila dos cortesãos para se não ficar automaticamente na dos inimigos e consequentemente sujeito ao aniquilamento imediato.
Especialistas de tal postura temos desde já suficiente número...

 

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