VIA LATERAL

"A CENSURA: DO LÁPIS AZUL À TORNEIRA DO DINHEIRO?
[790] -- O Grupo Espírito Santo (GES) acusa o Grupo Impresa (Expresso, Visão, SIC,...) de publicar informações «absolutamente fantasiosas e falsas». Mais. O GES acusa o Grupo Impresa de desenvolver «de forma sistemática» uma campanha contra si.
O que é que o GES decidiu fazer?
Em vez de imediatamente recorrer aos tribunais, de imediato apenas decidiu cortar «relações comerciais». Cortar relações comerciais é uma forma simpática de dizer, entre outras coisas, que não coloca mais um cêntimo de publicidade nos meios de comunicação do Grupo Impresa.
A retaliação é óbvia. O Grupo Impresa noticiou e interpretou factos sobre o GES de forma menos simpática e, como consequência, perderá milhares/milhões de Euros de receita.
O objectivo?
Aparentemente, o GES pretende «amaciar» o Grupo Impresa e «avisar» a restante comunicação social.
Sabendo-se, como se sabe, que a receita obtida através de publicidade é uma parte vital de qualquer empresa de comunicação social, então percebe-se ainda melhor a manobra – desastrada – do GES.
Refira-se, para terminar, que não sei se o GES tem ou não razão. Dito isto, mesmo tendo razão, o GES perdeu a face ao retaliar pela via financeira e não pelos tribunais. É que tudo isto tresanda a censura encapotada.
# posted by PG"


bv