3.8.05

GRILHÃO DURO



Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixouo
tempo, de meu bem desenganado.

Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, poi se mudou
em tisteza a alegria do passado.

Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.

De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.



luis vaz de camões




brvta

1 Comments:

At 10:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Com as devidas distâncias (e grandes ) o luminoso podia ter escrito ( ou mandado escrever e depois assinava...tal como a sua obra de referência no CV oficial )..fugindo ao enxovalho de não responder ao JN a perguntas que até não são das mais dificeis ( facto que ele bem conhece ...mas que está ( ou estava até agora ) convencido que ninguém mais sabia.
Para já ficam a saber que sabenos fazer perguntas verdadeiramente difíceis...que largaremos após as respostas ao JN...
Mesmo os mandarins mais espertos...não coseguiram
fugir ao impacto da verdade...e os mandaretes de maior expressão começam então evidenciando
mostras de
desalento...não è VM (Voz do Mndarim )?!!
LC

 

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