4.8.05

JPP "RESERVA"



" (JPP)
PARECE SILLY SEASON MAS NÃO DEVIA PARECER

Quem esteja atento ao que se está a passar, verifica que se estão a somar sinais claros de ingovernabilidade, e de declive político acentuado.
Desde os fogos à seca, desde o "mensalão" às mudanças de várias administrações e responsáveis, (e não só na CGD), e suas razões conhecidas e obscuras, à saída do Ministro das Finanças, á contestação generalizada (muito, muito para além da oposição) do plano de investimentos do governo, ao modo como estão a arrancar as presidenciais, à revolução que se vai dar na comunicação social privada, as televisões em particular, mas onde questões de controlo político vão ser centrais, tudo aponta para uma reorganização de interesses e poderes que favorece pouco a democraticidade e a transparência.
Tudo isto nos devia fazer pensar que coisas muito sérias estão a acontecer em Portugal, em Agosto, no Verão, quando a classe média que pensa que nos governa (quem nos governa é uma classe mais alta, ela própria a sofrer uma usura e uma exposição que nunca previu) vai a banhos para o Algarve.
Muitos órgãos de comunicação social estão na silly season, e estão desatentos, felizmente nem todos. Mas o ambiente é de irresponsabilidade e deixa andar, não é de alarme.
Ninguém se alarma em Agosto. Muitos portugueses são empurrados para distracções mais fúteis, mas isto está a ficar complicado. Tanto mais complicado quanto a legitimidade e excepcionais condições políticas, alcançadas onde está a força, nos votos, existem como já não havia desde 1991. Ou seja, não é nas urnas que se pode procurar meios e respostas. Está visto que não chega.
Os riscos começam quando se começa a perceber que nem um governo com todas as condições para ser forte, consegue a tarefa de nos "organizar" minimamente para defrontar incêndios e escândalos sérios, estruturais, no âmago do estado e do seu funcionamento, decide ligeiramente e torna-se teimoso no erro, atira ao lado, para trás e não em frente."





Na aparente simplicidade do texto, um retrato que apanha, sem tirar nem pôr, a essência da coisa.
Desgraçadamente.


brvtana

1 Comments:

At 9:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Está na verdade uma peça.
e, estando certa, a pergunta que se começa a colocar é: onde vamos parar?
Não parece sítio bom...


pedro r. a.

 

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