8.9.05

AMIGOS DEDICADOS

“Quem pilhou, pilhou, quem não pilhou, pilhasse!”





De 24 de Dezembro de 1834 a 27 de Maio de 1835, tivemos o Governo Palmela/Linhares, de coligação entre palmelistas e chamorros.

Os oposicionistas chamaram-lhe “ uma camarilha feita para devorar o país à sombra de uma criança”.

Deram-lhe o nome de “pastelão”:

“Um pasteleiro queria
Fabricar um pastelão
E, porque tinha de tudo,
Deram-lhe o nome de fusão.”

Em 15 de Julho, dá-se uma mudança radical no Governo com a entrada de Rodrigo da Fonseca, na sequência de um arranjo tratado entre Saldanha e Silva Carvalho.

O Governo deixa de ser o “ministério dos impossíveis” e passa a ser conhecido como o “ministério dos godos” ou o “ministério do último rei godo”, em alusão ao nome de Rodrigo.

Este, que o povo no seu saber tratava de “O Raposa”, sabia de facto da poda, como se vê pelo seu delicioso conceito da chamada “política de empregadagem”:

“ Postos todos a comer à mesa depressa passariam de convivas satisfeitos a amigos dedicados”.

Ao morrer, deixou o resumo de quase tudo:

“Nascer entre brutos, viver entre brutos e morrer entre brutos é triste.”




lourenBravo