30.10.05

ARTES E OFÍCIOS


A política como a habilidade da sobrevivência em posição de mando. Que se esgota nessa faina e se serve de qualquer coisa, nesta se incluindo com naturalidade a manipulação e a hipocrisia.
Esta arte menor do jogo do poder tem em Soares um cultor de grande dimensão. Em Portugal, o seu oficial mais talentoso, de há décadas a esta parte.
Seguido, a significativa distância, por Portas, Louçã e Lopes.
Em tempos de boa borrasca, tendem, aliás, por natural espírito de confraria, a sentir-se manos, chegando, se a nuvem é muito carregada, a dar as mãos uns aos outros.
Noutro sítio, aparentado com o primeiro só pela margem, a política como luta para alcançar o poder, fascinante porque o seu exercicio é apenas percebido e vivido como a tentativa de inflectir o movimento duma sociedade no sentido de a tornar cada vez melhor para um número cada vez maior.
Esta arte maior do jogo do poder é mais dificil. Exige, para além do talento, competência, trabalho e preserverança.

O pior, para os primeiros, é quando o povo - esse velho servo e soberano - dá pela diferença.



lourençobravo

3 Comments:

At 3:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Magnifica separação de águas. O velho servo parece nesta altura dar pela diferença como poucas vezes...

vitor bento

 
At 3:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O talento inato dos "animais politicos" vai de par - e os bons exemplos citados são prova disso - com graves maleitas egocêntricas.
Normalmente os referidos animais perdem-se por este aspecto.

c silva reis

 
At 4:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quem sabe desta poda é o Rui Mateus...o povo quanto muito só intui...embora por vezes tão bem, que a intuição é confundida com sabedoria ( bem sei que eszta interpretação dá geito a muita gente9 ...mas o Sr. José AAntónio Barreiros, também parece conhecer muito mais do que revela!
JBG

 

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