Debates (II)
muito bem comportadinhos, com candidatos muito cheios de respeitinho pelos adversários e por aquilo a que chamam as suas próprias ideias (um eufemismo que esconde os lugares comuns da praxe sobre o desenvolvimento do país, o estado da economia, o escândalo da justiça, a chaga do desemprego e, porque é suposto um candidato à Presidência ter umas luzes sobre o assunto, o inevitável "papel de Portugal no mundo), os debates, dizia eu, foram, na sua maioria, uma enumeração cronometrada de generosas banalidades. Mário Soares foi o único que não se deixou encaixar neste novo modelo de políticos assépticos, feito à imagem e semelhança de José Sócrates…o alegado patrocinador da sua candidatura. O seu debate com Cavaco Silva acabou por ser o mais esclarecedor de todos: porque mostrou dois homens, dois estilos e dois mundos claramente opostos. Soares está ultrapassado? Talvez, se se considerar que ele é o último representante de um mundo que, entre nós, acabou.
ccs
4 Comments:
De eufemismo em eufemismo para uma sólida construção da miséria nacional.
Já agora era bom pensar que só o desenvolvimento do país benefica todos os cidadãos.
Isto dos benefícios particulares, mesmo com vestes públicas ... já lhews conhecemos os resultados.
IUnfeliz paíos que tantos "inteligentes" tem!
Parabéns Constança.
RR
Entre nós acabou mas segue em alguns países africanos e latinoamericanos
Carlos Martins
Segue, segue, Carlos Martins principalmente para quem nunca esteve em países africanos e latino-americanos
Parabéns, SRA.CCS.
Gostei muito das reticèncias em sócrates (de letra pequena, pois claro!)
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