Esgota o campo do possível
"Há coisas conhecidas e coisas desconhecidas; entre elas, ficam as portas."
William Blake
"...eu achei a minha ilha do tesouro. Achei-a no meu mundo interior, nos meus encontros, no meu trabalho. Passar a minha vida com um mundo imaginário foi a minha ilha do tesouro. Claro, é verdade que os mundos que eu visito ao sabor das minhas buscas podem por vezes ser julgados pueris ou inúteis, tão distantes se acham das preocupações quotidianas, mas quando hoje penso naqueles que me acusavam de ser inútil, e no que eles julgavam ser útil, então perante eles, não tenho apenas o prazer de ser inútil, mas também o desejo de ser inútil."
Hugo Pratt
Para epígrafe do poema Le Cimitière Marin, Paul Valéry recorrera a estes versos do poeta grego Píndaro:
"Oh minha alma, não aspires à vida imortal, mas esgota o campo do possível."
Assim viveu Hugo Pratt.
Dominique Petitfaux
guido sarrasa
1 Comments:
Entre o conhecido e o desconhecido o que fica de facto são as inquietações.
Vivemos um tempo de grandes inquietações, que são quotidianamente avolumadas pelas desconfianças que dão nova dimensão e espessura às inquietações dos simples cidadãos comuns.
Os jornais dão-nos, também, cada vez mais, conta desse crescendo...inquietante!
RR
Enviar um comentário
<< Home