16.2.06

La Carpa



Fundolho escamado
superficiando olho prà Carpa.
Vem do fundo do olho que foi ao fundo.
Movindo das profundas move manualetas,
num abr'olhos de peixespanto.
Dizque tacteia águas que estão na água,
trevas que estão na terra.
Podeserque.
Carpabricolada,
reactiva nossa gula das jóias,
tão segura da sua completude está,
tão cor é na desluz que a encerra (escrínio).


Nada nadando,
a carpa vem ao de cima
devolver o olhar com que a vimos.
Olho na carpa de olhos em nós.
Por ela e por nós.
Peixespelho,
troço de maravilhoso, atenção!,
a carpa vai fechar a luz. Fechou.
Agora, no escuro, a carpa travestindo-se
para novos feéricos espectáculos pela mão de Marina Obo.
Oh, as Carpas amestradas!


Alexandre O´Neill


Muito elegante e muito simpática, Marina Obo registou a referência na nhaRica à sua obra que inspirou Alexandre O ´Neill e disponibilizou a belissima imagem de "La carpa", acompanhada do seu endereço: http://www.marina-obo.com/.
Também a não perder:
http://marina.obo.free.fr/FR/marinaobo/.


Bruno Ventana