Sem limites no tempo
Cântico II
Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue: É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu.
cecília meireles
bvtana
2 Comments:
- «... et cette araignée qui rampe au clair de lune, et ce clair de lune lui-même, et moi et toi, en train de chuchoter, chuchotant ensemble sur des choses etérnelles ...»
(Nietzsche ; «Ainsi parlait Zaratoustra»)
Esse poema de Cecília Meireles é um dos mais profundos que já li.
Simplesmente, abrangente.
Abraço,
Kafé.
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