9.4.06

Sem limites no tempo




Cântico II

Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue: É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu.


cecília meireles


bvtana

2 Comments:

At 11:11 da tarde, Anonymous Anónimo said...

- «... et cette araignée qui rampe au clair de lune, et ce clair de lune lui-même, et moi et toi, en train de chuchoter, chuchotant ensemble sur des choses etérnelles ...»

(Nietzsche ; «Ainsi parlait Zaratoustra»)

 
At 6:38 da manhã, Blogger Kafé Roceiro said...

Esse poema de Cecília Meireles é um dos mais profundos que já li.
Simplesmente, abrangente.
Abraço,
Kafé.

 

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