17.5.06

A devida atenção ao Major

Atmosfera densa em Dili, com dois apontamentos a registar: a manifestação clara de apoio a Alkatiri por parte de Rogério Lobato, que vinha dando sinais muito ambíguos quanto à sua posição no braço de ferro em curso; as declarações politicamente devastadoras para o Primeiro Ministro serena e detalhadamente feitas pelo Major Reinaldo (alvo de recentes e rasgados elogios de Xanana Gusmão) :

" O primeiro-ministro timorense ordenou directament e às Forças Armadas para substituírem a polícia nos confrontos em Díli, em finai s de Abril, sem dar conhecimento ao Presidente da República, acusou hoje o major Reinado, denunciando a "inconstitucionalidade da decisão".
Nos dias 28 e 29 de Abril uma manifestação de militares contestatários contra o seu afastamento do Exército degenerou em confrontos violentos com efect ivos das Forças Armadas que provocaram oficialmente cinco mortos e dezenas de fe ridos.
"Tudo foi ordenado por Mari Alkatiri, o próprio primeiro-ministro, e eu fui testemunha ocular do processo" de decisão, disse à Agência Lusa o major Alf redo Reinado, comandante da Polícia Militar, actualmente acantonado na região de Aileu com cerca de 20 outros militares que abandonaram a cadeia de comando.
Fontes da Presidência da República confirmaram hoje à Agência Lusa não ter havido nenhum encontro entre o Presidente da República, Xanana Gusmão, e o p rimeiro-ministro, Mari Alkatiri, no qual tenha sido abordada a possibilidade de intervenção das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) De acordo com a Lei Orgânica das F-FDTL, as Forças Armadas só podem aux iliar as forças policiais após a declaração de um estado de crise, "declarada pe lo governo em concertação com o Presidente da República" (Lusa-17.5)


De notar o tom pouco "cordato" (nomeadamente para a Presidência da República) da tentativa de dar uma aparência de normalidade ao sucedido por parte do gabinete do Primeiro Ministro:

" O ga binete do primeiro-ministro, contactado também pela Agência Lusa, recusou-se a c omentar a acusação de "ilegalidade" lançado pelo major Reinado. Fonte governamental que pediu para não ser citada defendeu em contacto com a Agência Lusa que o primeiro-ministro não é forçado pela lei e pela Constit uição a requerer por escrito à Presidência da República a autorização para o rec urso às forças militares." (lusa-17.5)

A reter, cada vez com mais atenção, a trajectória do Major Alfredo Reinaldo, que fonte muito bem colocada considera "estar muito acima de todos os outros protagonistas da actualidade timorense, em termos intelectuais, profissionais e de carácter."


crisdovale

5 Comments:

At 12:36 da manhã, Anonymous Anónimo said...

De notar a ausência quase completa de jornalistas de outros países a fazer a cobertura dos acontecimentos em Timor.
Bem vistas as coisas, é bom sinal...

ptf

 
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