9.5.06

Nunca a dei por bem traduzida


"(...) A doçura que mete na alma a vista refrigerante de uma jovem seara do Ribatejo nos primeiros dias de Abril, ondulando lascivamente com a brisa temperada da Primavera, - a amenidade bucólica de um campo minhoto de milho, à hora da rega, por meados de Agosto, a ver-se-lhe pular os caules com a água que lhe anda por pé, e à roda as carvalheiras classicamente desposadas com a vide coberta de racimos pretos - são ambos esses quadros de uma põesia tão graciosa e cheia de mimo, que nunca a dei por bem traduzida nos melhores versos de Teócrito ou de Virgílio, nas melhores prosas de Gessner ou de Rodrigues Lobo."

Almeida Garret


Guido Sarrasa

1 Comments:

At 11:02 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Se não correm rapido com o sr Jaime Silva esses quadros passam rapidamente à história

Nuno Sotto Mayor

 

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