Técnico de parabéns
A origem do Instituto Superior Técnico remonta ao Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, criado na segunda metade do século XIX, no qual se formavam os engenheiros industriais. A esta instituição de ensino concorreu Alfredo Bensaúde para o lugar de professor da Cadeira de Mineralogia e Geologia em 1884. Em 1892, Bensaúde propôs uma profunda reforma, enunciando as deficiências verificadas no ensino técnico superior português. As suas sugestões, de forte pendor crítico, acabaram por ser rejeitadas pela própria comissão de reorganização do ensino à qual pertencia. O modelo estrutural que defendeu, fruto da sua experiência na Alemanha, onde se doutorou, serviria no entanto de base ao novo Instituto Superior Técnico, criado após a instauração da República.
Manuel de Brito Camacho, Ministro do Fomento, reconheceu a personalidade empreendedora de Bensaúde, convidando-o no final de 1910 para Director do futuro IST, o qual resultaria da extinção do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa e sua divisão no Instituto Superior Técnico e no Instituto Superior de Comércio. Foram cinco os cursos de Engenharia inicialmente leccionados no IST — Minas, Civil, Mecânica, Electrotécnica e Químico-Industrial. Os estudos iniciavam-se com uma estrutura de carácter geral, que se completava com três anos de especialidade.
Em 1930 surge a Universidade Técnica de Lisboa, e o IST, então com cerca de 20 anos de funcionamento regular, é uma das quatro Escolas que a integra. Ao longo de toda essa década e da seguinte, a imagem dos engenheiros formados no IST foi projectada pela realização de grandes obras de engenharia, impulsionadas por Duarte Pacheco, na altura Ministro das Obras Públicas. Entre 1952 e 1972 a Comissão de Estudos de Energia Nuclear, criada no âmbito do Instituto de Alta Cultura, teve uma importante função na formação de meios humanos, levando à criação de 12 centros de estudos e agrupando um total de 14 laboratórios.
Ainda em 1970 uma nova restruturação curricular do ensino superior, denominada “Actualização dos Planos de Estudos de Engenharia nas Universidades Portuguesas”, alterou a duração do período mínimo para obtenção do grau de licenciatura de seis para cinco anos lectivos.
Durante todo este período, o IST registou um crescimento assinalável, atingindo o número de 4500 alunos em 1970/71 (um valor 16 vezes superior aos 287 alunos inscritos no ano lectivo de 1930/31). Numa perspectiva de crescimento quantitativo e qualitativo, o IST tem tido um papel activo na modernização e desenvolvimento do país, promovendo o processo de ligação entre os meios universitário e empresarial/industrial. A consolidação deste princípio está bem patente no desenvolvimento do IST no Parque de Ciência e Tecnologia de Oeiras (Taguspark), com a construção de novas instalações para expansão da Escola, nas quais as actividades lectivas foram iniciadas em 2000/2001.
O IST é ainda o mentor e impulsionador, desde a década de 80, de um conjunto de instituições que procuram actuar ao nível da interface entre a Universidade e a indústria, e que desenvolvem, entre outras, actividades de formação profissional e de investigação industrialmente orientada, .O consolidando a sua posição de grande Escola do País nas áreas de Engenharia, Ciência e Tecnologia nas suas três vertentes de actuação: Ensino, Investigação e Ligação à Sociedade.
História do IST, site do IST
Eusébio Furtado
3 Comments:
Só falta aqui contar o que se passou nos anos de 74 e 75 entre a UEC a UDP e nós que que por lá andávamos. Qualquer dia conto.
e mais!
frm
Great site lots of usefull infomation here.
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