Em duas máscaras
Usou a palavra como um florete, num tom que não devia "revelar adulação, devendo limitar-se ao sinuoso e escorregadio espaço que separa a lisonja do respeito", e viu, ele Mazzarino, então já Jules Mazarin, a política como uma actividade amoral, baseada em duas máscaras:
a da simulação e a da dissimulação.
E explicou: "ao empunhá-las, o praticante deve esvaziar-se de si mesmo, expurgar a autenticidade, não se denunciar pela emoção, porque quase sempre os sentimentos mais profundos do coração transparecem no semblante em claros sinais."
guido sarraza
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