Sensibilidade e bom senso
«(...) Aqui chegados, vamos à parte escondida da entrevista. É que para mim, muito mais de que obrigar a um reposicionamento do PSD, a entrevista representa um perigo real para José Sócrates. E isso ainda ninguém quis perceber. Por essa razão Sócrates não falou e não irá falar sobre o que disse Cavaco a Maria João Avillez. Mesmo ontem, perante os deputados do PS na primeira reunião pós-congresso, Sócrates foi cauteloso. E prudente. Disse apenas que sabia que alguns comentadores e políticos estavam a reconhecer que o Governo é "reformista". Deixou o PR de fora.Pudera. Sócrates sabe, melhor do que ninguém, que a cooperação estratégica e aquilo que muitos dizem ser uma "colagem do discurso" do PR ao do PM representa uma responsabilidade. Um caução de confiança. Porque, caso as reformas não se concretizem até 2009, ou perante um deslize evidente, Sócrates vai ter a infelicidade de ter que reconhecer que, mesmo com o suporte presidencial que outros governos não tiveram, ele não foi capaz. E uma coisa será também evidente. A um vacilar do Governo ou do seu primeiro-ministro, Cavaco Silva não irá mandar umas "bocas" ou dizer que há mais vida para além das reformas, irá actuar.»
(in Corta-fitas)
FAL Quinta-feira, Novembro 23, 2006
crisdovale
3 Comments:
Cá na terra não há só marcelinhos e luminarias quejandas. Há gente, e muita, que percebe o que vê. Com sensibilidade e bom senso.
JMN
Os dados estáo lançados.
Cavaco é hoje por hoje o principal protagonista da política portuguesa.
já escolheu o seu delfim para próximo líder do PSD (razão de muitas nervoseiras inexplicadas).
Já lhe deu lebre para o sacrifício (via compromisso Portugal).
mantém a personalidade em reserva (em breve surgirâo movimentos de contraditório).
A seu tempo se criarâo as tensões de promoção da individualidade.
É esse, esse mesmo....
Em caso de dúvida voltaremos ao assunto, já que outros estão arrumados...de vez.
LC
AR?
Com AC a ver e AX a espreitar?
JBG
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