Sob pena
"Política, o permanente suscitar do mistério da obediência, de que falava La Boétie, dos muitos pelos poucos"
(j.a.b.de miranda)
«De um responsável político e, por maioria de razão, de um primeiro-ministro, exige-se sempre mais que a medida humana.
Facto que decorre naturalmente do contrato social que, em democracia, se renova periodicamente: o povo desfaz-se de uma parte do seu poder, que entrega aos chefes políticos, em troca de segurança e bem-estar social.
(...)
A imagem do governo não afirma nem a tecnocracia, nem o humanismo, nem o socialismo, nem o neoliberalismo.Quer-se mudar Portugal, abrindo um espaço para a acção. Porém este período não pode durar sempre. A ausência de imagem não será sempre eficaz, como é o caso. Virá o momento em que o primeiro-ministro e o governo terão de produzir uma imagem (mesmo inovadora) decifrável da sua política, sob pena de incorrer nos mais variados riscos, o menor dos quais não é o de governar contra o povo.»
josé gil
("visão"-16.05)
bvtana
2 Comments:
«o povo desfaz-se de uma parte do seu poder, que entrega aos chefes políticos em troca de segurança e bem-estar social».
E por cada vez que assina 0 «contrato» - vitalício em sede constitucional - sai a perder. Invariavelmente.
Eles vão-se chegando, qual lobo desconfiado em noite de temporal invernoso. Mas custa-lhes (literalmente) tocar onde dói mais.
É pena,mas é o costume. Mas vai mudar, ai vai, vai.
LC
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