IMPARÁVEL
“Nothing is more common-place as to wish to be remarkable.”
William Shakespeare
Sabíamos já que o PS, partido heterogéneo, é composto (pelo menos) por uma ala direita, uma esquerda e uma ao centro. Com este dogma como estrela polar, vamos assistindo à personalização das alas. Parece que António Costa é de uma ala direita, Manuel Alegre de esquerda e José Sócrates do centro. Sendo fiel à sua subtil incoerência , o PS conseguiu produzir, ainda, um candidato à liderança que não tem “balanças” para fazer “pesagens”, quando se trata de exercícios ideológicos. Uma delícia.
Mas atentemos no que diz João: “O Manuel Alegre ficou na Assembleia da República.” A afirmação, no contexto em que foi proferida, pretendia ilustrar como, ao contrário dele próprio, Alegre fez pouco enquanto “teve poder”. O que é extraordinário para quem tem pretensões a liderar o maior partido da oposição (uf!) e, certamente, vir a ser Primeiro-Ministro. (risos) Ah, João, João, esse respeito pelas instituições…
Diz ainda de José Sócrates, que “teve experiência de poder como secretário de Estado, depois lá conseguiu afastar a Elisa Ferreira e chegou a ministro, mas a sua experiência é muito limitada.” Ora, também aqui a cortesia prima.
Ponto um, porque João deveria, isso sim, elogiar a suposta golpada de Sócrates ao afastar Elisa Ferreira, e acalentar, assim, o sonho de vir a “deceive the deceiver”, o que é sempre alegria redobrada.
Ponto dois, porque João não conseguiu afastar Elisa Ferreira. End of the story.
Avalon
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