13.12.04

PORTUGUÊS SUAVE O VASCO


Deixar de fora os episódios da Emaudio e do Mateus, a soberba e (a habilidosa) jactância, as asneiras de governante, os recentes disparates sobre tudo e nada, ainda vá que não vá. Afinal, sempre é um amigo, sempre são oitenta anos, e o aniversariante teve realmente méritos, alguns muito relevantes para a história do país. Ademais, sem dúvida que por mor de saber gostar da vida compõe uma personagem interessante, mesmo invulgar.

Agora, dizer que “presidiu a um progresso material e social sem paralelo em toda nossa história”, isso é que um historiador, mesmo amigo, não pode, sem mais, dizer. Sob pena de entrar no campo da habilidade.

A actuação do homenageado, pelo menos em metade do tempo em que ocorreu o tal “progresso”, andou perto da sabotagem.

A generalidade das pessoas sabe isso.



crisdovale