BORGES CANDIDATO NO PSD
António Borges anunciou na passada semana a apresentação de uma moção global de estratégia no congresso do PSD em Pombal.
Borges recusou porém associar essa atitude a uma intenção de se candidatar à presidência do PSD.
De caminho, António Borges foi dizendo (com alguma arrogância) que Mendes ganha o partido mas não ganha o país (o último que afirmou isto não chegou a aquecer o lugar e deixou o PSD no presente estado) e que Menezes não é para levar a sério.
Aproveitou ainda, o dito Borges, para anunciar com pretensiosismo os apoios de Marcelo Rebelo de Sousa, Balsemão, Leonor Beleza, entre outras "figuras" e, de uma penada, "encostar para canto" os chamados barrosistas.
Resumindo, António Borges consegue encontrar fragilidades e defeitos em todos... Menos nele próprio!
Com tamanha presunção que fará ele se a moção que "serve apenas para enriquecer o debate" (a rica moção) for a mais votada? Obriga o candidato vencedor a "governar" o partido com a sua moção ou é consequente e disputa a liderança?
Mas se esta hipótese se coloca não seria mais sério ser consequente logo à partida?
É que num congresso em que se disputa a liderança as moções globais deveriam ser associadas a candidaturas.
O que Borges não quis dizer é que para os próximos tempos (que serão difíceis para o PSD) serve Mendes e que quando chegar o momento do PSD chegar de novo ao poder quer ser ele a liderar.
Com tanta soberba, esquece-se que na política as condições mudam demasiado depressa para ser possível prever cenários a longo prazo (uma vez mais, o último que disse que seria primeiro-ministro, só não sabia quando, não chegou a aquecer o lugar e deixou o PSD no presente estado).
Manuel S. Carneiro
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