AGORA VALENTIM. DEPOIS DAMASCENO?
Depois de ter decidido sobre as candidaturas em Lisboa e em Oeiras, Marques Mendes tem agora a verdadeira prova de fogo.
No caso de Santana, além de ser óbvio que o actual presidente da câmara não tinha condições para se apresentar ao eleitorado, Marques Mendes contou com o apoio das estruturas de base do partido em Lisboa.
Com Isaltino, os argumentos foram o facto de o princípio ser o de recandidatar os actuais presidentes (bem) e também o de Isaltino ser suspeito numa investigação judicial (mal). O problema foi o de que não contou com o apoio das secções locais do PSD.
Com Valentim Loureiro, o líder do PSD só pode argumentar com o facto de ser arguido no processo apito dourado. As estruturas do partido já manifestaram apoio ao major. Ora este argumento é complicado pois a situação de Valentim Loureiro é, do ponto de vista jurídico, semelhante à sua vice presidente e presidente da câmara de Leiria.
Isabel Damasceno, caso se mantenha a actual situação no "caso do apito dourado", só poderá ter um tratamento do partido igual ao do major. Por muito que custe a Marques Mendes.
Se viabilizar a candidatura dos dois autarcas do "apito" Marques Mendes irá ao encontro da vontade das estruturas locais do PSD, mas revelará incoerência relativamente a Isaltino.
Se as inviabilizar abrirá mais duas frentes de guerra com o partido, além de que corre sério risco de perder duas câmaras.
Manuel S. Carneiro
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