24.6.05

COM O PERREXIL

“Diriam todos em frase marinhesca, que em todo o mar salgado não havia nau de melhores manhas”
(Sermões – VIII, 3)



Servir um acepipe talvez um tudo nada sediço, mas condimentado com o perrexil saboroso dos afectos.

Não se trata de narcisização impertinente, pois estava a bom resguardo no escrínio onde descansam as provas de apreço e as lembranças dos meus gregotins literários.

A voz cariciosa de críticos benévolos impele a titubeante pluma, esfarrapada por brutas intempéries, às suas garabulhas.

Os atavios com enfeites de gala e festa tombam, rajados pelo pico da maresia salina.

Continuaremos, pois, no tablado.

Vim só para não dizer que não vim.

E também para dizer a ela , como o mestre diogo bernardes em o lima:

“ Não te darei ouriços espinhosos, sabes, Ninfa, por quê? Porque receio que piquem esses teus dedos mimosos.”


Bruno Ventana

3 Comments:

At 11:12 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Só uma resposta: um beijo.
Ninfeta

 
At 12:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

este naco é suculento.

m. g.

 
At 1:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

um pedação verdadeiramente espectacular.

sonia ferreira

 

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