16.6.05

DECIFRÁVEL

"Política, o permanente suscitar do mistério da obediência, de que falava La Boétie, dos muitos pelos poucos"
(j.a.b.de miranda)



"De um responsável político e, por maioria de razão, de um primeiro-ministro, exige-se sempre mais que a medida humana. Facto que decorre naturalmente do contrato social que, em democracia, se renova periodicamente: o povo desfaz-se de uma parte do seu poder, que entrega aos chefes políticos, em troca de segurança e bem-estar social.

(...)

A imagem do governo não afirma nem a tecnocracia, nem o humanismo, nem o socialismo, nem o neoliberalismo.
Quer-se mudar Portugal, abrindo um espaço para a acção. Porém este período não pode durar sempre. A ausência de imagem não será sempre eficaz, como é o caso. Virá o momento em que o primeiro-ministro e o governo terão de produzir uma imagem (mesmo inovadora) decifrável da sua política, sob pena de incorrer nos mais variados riscos, o menor dos quais não é o de governar contra o povo."

josé gil ("visão"-16.05)



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