19.7.05

THE TEMPEST

"…What seest thou else
In the dark backward and abysm of time?"
W. Shakespeare
( The Tempest I)




"Há os novos números então do Banco de Portugal, Vítor Constâncio apresentou novas previsões...

Aí são as más notícias. Até agora, as notícias também da Matemática não eram muito boas, mas aí são as notícias pesadas e são pesadas a vários títulos, porque no fundo o que se verifica é que no primeiro trimestre deste ano o crescimento foi zero. Foi 0,1%, o que é a mesma coisa que zero, a economia não cresceu. E isso leva o governador do Banco de Portugal a projectar meio por cento apenas de crescimento - que é praticamente não crescimento - para este ano, e apenas 1,2% para o ano. Isto quer dizer que vai haver um aumento do desemprego este ano e para o ano. O crescimento agora previsto está muito aquém do que se tinha pensado para este ano, 1,2%, e mais de 2% para o ano que vem. Isto é preocupante porque significa que apesar de eu ter ouvido o ministro da Economia dizer-me que tem sinais de que os empresários estão a pensar em investimentos e vão arrancar com investimentos...

Esperemos que sim...

Não desejamos outra coisa, Deus o ouça e ilumine os empresários. A situação, por outro lado, é tanto mais grave quanto a OCDE, que é uma organização internacional, veio rever em baixa os números para a Europa. A OCDE o que vem dizer é que a Europa vai ficar longe daquilo que sonhou em Lisboa - da Estratégia de Lisboa 3% de crescimento para começar a recuperar à escala mundial. O que quer dizer que, além do problema português, temos um problema europeu que afecta as exportações portuguesas e isso não é boa notícia. Ora, neste quadro, é evidente que o apertar de cinto é mais doloroso quando uma economia não cresce - e não cresce consistentemente há muitos anos, porque desde 2000/2001 começámos a decrescer, tivemos mesmo fases de crescimento negativo, crescemos noutras fases um bocadinho e agora não crescemos, é o mesmo que praticamente não crescer e isso sente-se no bolso e na motivação das pessoas. Isto tem que ver um bocadinho com a greve da função pública, porque o Governo no fundo é obrigado a tomar uma série de medidas muito impopulares e até aparecem como relativamente desagradáveis e injustas para muitos funcionários públicos que fizeram o seu programa de vida na base de uma certa reforma. Essa revisão, noutros sectores, está a levar a uma grande contestação..."
(DN, 19.8-M Rebelo de Sousa)


brvta

1 Comments:

At 12:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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