FEMINAE IN ILLIUS AMORE DELECTANTUR
"The intuitive mind is a sacred gift and the rational mind is a faithful servant. We have created a society that honors the servant and has forgotten the gift."
einstein
" ( ...)
O Diabo foi celebrado, na sua morte, pelos sábios e pelos poetas.
Proclus ensinou a sua substância, Presul as suas aventuras da noite, S. Tomás revelou seu destino.
Torquemada disse a sua maldade, e Pedro de Lancre a sua inconstância jovial.
João Dique escreveu sobre sua eloquência e Jacques I de Inglaterra fez a corografia de seus estados.
Milton disse a sua beleza e Dante a sua tragédia. Os monges ergueram-lhe estátuas. O seu sepulcro é a Natureza.O Diabo amou muito.
O Diabo sorri, olha em roda de si para os calvários desertos, escreve suas memórias e num dia enevoado, depois de ter dito adeus aos seus velhos camaradas, os astros, morre enfastiado e silencioso.
Então Ceranger escreve-lhe o epitáfio.
Foi namorado gentil, marido, pai de gerações sinistras. Foi querido, na Antigüidade, da mãe de César e na Meia Idade foi amado da bela Olímpia. Casou no Brabante com a filha de um mercador. Tinha entrevistas lânguidas com Fredegonda, que assassinou duas gerações. Era o namorado das frescas serenatas das mulheres dos mercadores de Veneza.Escrevia melancolicamente às monjas dos conventos da Alemanha.
Feminae in illius amore delectantur, diz tragicamente o abade César de Helenbach.
No século 12, tentava com olhares cheios de sol as mães melodramáticas dos Burgraves.
Na Escócia havia grande miséria sobre os montes:
o Diabo comprava por 15 shillings o amor das mulheres dos highlanders e pagava com o dinheiro falso que fabricava em companhia de Filipe I, de Luís VI, de Luís VII, de Filipe, o Belo, do rei João, de Luís XI, de Henrique II, com o mesmo cobre de que se faziam as caldeiras onde eram cozidos vivos os moedeiros falsos.
(...)"
eça de queirós
bvtana
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