11.1.06

"Para um terrível B"

Correio do leitor:

"Um artigo no Wall Street journal depertou a curiosidade deste leitor.
Dizia em suma( com imperfeições de tradução):
As notícias são cada vez piores para a GENERAL MOTORS, com o indíce Standard & Poor's a baixar o credit rating da empresa em mais dois pontos esta semana para um terrível B.
Mais adiante, o autor refere que uma das respostas à péssima performance da General Motors é o seu "Jobs Bank" sobre o qual a empresa não gosta de falar, mas que é um limbo pós empregatório em que empregados da General Motors são pagos para não trabalhar.
Se quisermos saber porque os custos de produção são altos demais para os carros que vende, aqui está uma explicação:
O "Job Bank" detém entre 5000 a 6000 empregados a um custo anual de cerca de 800 milhões de dólares. E isso é só o começo. O "Jobs Bank" foi criado em 1984 quando era moda pensar que a automatização das fábricas iria causar a substituição de trabalhadores por robots...
De modo que em troca pelo direito de aumento de produtividade nas suas fábricas, a GM a Ford e a Chrysler todas consentiram a formação de "Job Banks".
A ideia era que em troca de se educarem noutros ramos, de fazerem trabalho comunitário ou de em alguns casos simplesmente não fazerem nada, os trabalhadores continuariam a receber salário e benefícios até que a empresa encontrasse novos postos de trabalho para eles.
O problema é que os fabricantes de automóveis americanos têm estado a encolher mais do que a crescer nas últimas duas décadas desde então, o que significa que as pessoas ficaram no "Job Bank" mais tempo que o previsto no início. Há trabalhadores que passaram um terço da sua carreira no "Job Bank". Estes têm sido um desincentivo para a Administração da GM tomar os passos necessários para reduzir custos, pois a empresa tem que continuar a pagar a trabalhadores desempregados. A GM tem uma série de problemas desde o sucesso da sua linha de produtos até aos custos de saúde que paga a 1 milhão de reformados.
Mas um problema que se destaca é o seu tamanho:
É uma empresa mais pequena do que era ou que se esperava que fosse quando fez as promessas que agora está a tentar cumprir aos seus trabalhadores e reformados. A GM tem alguns dos trabalhadores mais produtivos do mundo, mas são demais para o número de automóveis que consegue vender hoje em dia.
Não desejamos tempos difíceis aos seus trabalhadores mas o futuro da empresa reside na faculdade que ela terá que ter em conseguir que os seus custos com pessoal fique de acordo com a sua produção. Se o problema do "Job Bank" não puder ser resolvido, isso continuará a afogar a que já foi uma das mais grandiosas empresas americanas. Não se podem deixar de fazer comparações entre este artigo e a situação de Portugal. O peso da máquina estatal será certamente a de mais fácil comparação ao "Job Bank" da General Motors.Espero que o nosso "Chief Executive Officer" Sócrates tenha a coragem e a estaleca e a vontade para poder resolver o problema."
Primo João


bventana