A ambiguidade da tragédia
"A liberdade, ao fim e ao cabo, não é senão a capacidade de viver com as consequências das próprias decisões." James Mullen
Já não se trata da mera exibição de inépcia, os "governantes" de Timor vão subindo a parada e passaram ao alarde indecoroso da sua falta de respeito pela população e pela comunidade internacional.
Invocar ou pensar em "sentido de Estado", no contexto, é apenas grotesco.
Estamos numa terra em que "os líderes" têm no recurso ao "banho de sangue" uma forma plausível de fazer política.
O reduto frelimista da fretilin continuou a prevalecer e, desafiando o chefe do "povo amado e sofredor", barricou-se. Não tem apoio internacional, mas, como explicou Lobato, pode "levantar o povo".
Xanana, adiantam alguns, deve "dissolver" e convocar eleições. Não se torna dificil imaginar o que seria o processo eleitoral.
Agora, à falta de Clinton, ou mesmo de Sampaio ou Chissano, surge Gomes Cravinho que, segundo O Público, "vai oferecer apoio e solidariedade à administração timorense". Descobrir o que seja a "administração timorense" não será decerto a menor das suas tarefas.
Já morreram pessoas, há dezenas de milhares de timorenses deslocados nos campos de acolhimento, mas só muito lentamente (dada a "incorrecção" politico/filosófica da percepção) se começa a perceber que à tragédia de 1974/75 se juntou a tragédia de 1999/02.
E o drama maior está em que sem se entender (ou pretender que não se entende) como se chegou aqui não há maneira de sair daqui.
crisdovale
3 Comments:
Os países dadores a pagar, os timorenses a sofrer e aquela trupe de politicos locais e padrinhos espirituais - sampaio, guterres, fernando neves, melicias,ana gomes, e jornalistas associados - a fazer jogos. joguinhos bem curtidos.
Mandem lá o represas cantar umas baladas, que o dinheiro há-de chegar.
jmn
Há uma forma. A comunidade internacional pedir à Indonesia que assuma o controle da situação
essa é impossível dada a profunda aversão dos timorenses aos indonesios.
resta, e não há outra formula,o protectoredo australino por mandato e sob os auspícios da onu.
jmn
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