"Conversas com Marcello Caetano"
«(...) Estou a ouvi-lo e a pensar que, se não tivesse responsabilidades de Governo, diria coisas muito próximas daquelas que está a dizer. Gostaria de viver numa sociedade livre onde o respeito pela pessoa e pela liberdade dos outros fosse uma preocupação constante de cada cidadão. E é isso que, como governante, o que também desejaria.
Mas o processo da liberdade é muito complexo e feliz estaria eu se a liberdade fosse uma coisa que os governos pudessem oferecer. Costuma dizer-se que a liberdade não se recebe, conquista-se. Só que não é pelo verbalismo irresponsável nem pelo anarquismo revolucionário que os povos podem conquistar as liberdades de que precisam. Eu entendo que os cidadãos só conquistam a liberdade à maneira que vão assumindo responsabilidades.
As liberdades dos cidadãos estarão sempre dependentes da estabilidade social que aos governos cabe garantir. Quando o uso da liberdade a põe em perigo, a autoridade terá sempre de ser exercida.
(...)
Repare ainda numa coisa que é muito importante: esta actividade a que chamam vulgarmente "política" e que pode ser elemento de perturbação duma sociedade, passa-se ao nível duma minoria, muitas vezes divorciada do que efectivamente constitui a Nação (...)»
Marcelo Caetano in "Conversas com Marcello Caetano" de António Alçada Baptista (Moraes ed. 1973)
crisdovale
9 Comments:
É bizarro que a obra referida- sem dúvida dos mais importantes documentos para análise do período em questao e sobretudo do pensamento de Macelo Caetano - tenha desaparecido de circulação logo após 25.4.74.
E nunca tenha "reaparecido"...
jmn
Partilho da perplexidade de jmn
Não li o livro e muito gostaria de o ler.
peçam ao esquerdista antónio alçada baptista.
o de vamos mudar o hino, lembram-se...é o mesmo. ou, então ao veiga simão devem ter todos cópias
è de facto estranhíssimo.... Alçada Baptista, Moraes editora, demasiada "compreensão" por MarceLLo. Sair de fininho, censurinha`a posteriori???
A clique do Alçada - integrando o inefavel Mario Soares - com o despudor que lhe é próprio, e achando demasiado benevolente para antifascista encartado o tom usado na longa e profunda entrevista a MarceLLo, pura e simplesmente atirou o livro para a fogueira da Inquisição privativa deles!
No Livro, de 1973, Marcelo como em nenhum outro sítio conta lenta e detalhadamente tudo o que pensa e como pensa, tudo o que vê e como vê, tudo o que quer e como quer.
Está lá tudo, mas tudo sobre a figura politica e humana do Prof.
Espanta que algumas luminárias metidas a historiadores especulem e dissertem sobre interpretações do pensamento e dos objectivos em causa, quando o próprio explicou e cabalmente tudo o que havia para explicar.
José Esteves Mendes
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