A saída dos artistas
“Couard alude a un ademán psicológico del animal temeroso: el de la hipocresia que simula valor en el momento de cometer el acto cobarde”
Leo Spitzer
(Estúdios Hispânicos)
«Guterres saiu sem pensar em si próprio. Barroso preparou cuidadosamente o caminho. A saída de Guterres foi mais bonita, mais artística, revelou total desprendimento.»
Que Rebelo de Sousa pense e diga isto (in Expresso-5.8) é revelador, denuncia.
Como um país inteiro sabe, e Vasco Pulido Valente ao tempo contou (in Publico) :
«Envergonhado, quase escorraçado, com uma cerimónia que roçou o fúnebre, Guterres saiu para sempre da política. Saiu sem Vangelis, sem um lamento do PS, sem sequer o país dar por isso. Depois de sete anos de exuberante incompetência e de uma fuga, ainda hoje inconcebível, não merecia mais. Atrás de si deixou uma situação deseperada... »
Que alguém, de quem apesar de tudo se esperaria ter uns gramas de responsabilidade e um vago respeito pela coisa pública, se refira a um dos mais ignóbeis episódios da governação das últimas décadas, em que um lâche desertou, como um rato, da chefia de um orgão de sobernania para que o povo o elegera, como "saída mais artística" e que revelou "total desprendimento", inspira cuidado e atenção.
É que, como dizia o outro, no meu princípio está o meu fim.
É bom não esquecer.
crisdovale
2 Comments:
... um Sssssopinhas de leite. Indefectível desta submersa Jangada.
Marcelo é dotado, todavia falta-lhe LASTRO.
Considerar o bandalho do guterres e a sua miserável fuga reveladora de "desprendimento" é brincar com a miséria dos outros e do país.
E tem o rabino professor a lata de dizer que ser PR lhe daria "muito gozo". Seja um homenzinho.
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