Silêncio ensurdecedor

O de Marques Mendes e do PSD perante as notícias que envolvem Carmona Rodrigues e a gestão da câmara de Lisboa.

Primeiro a história dos assessores na Câmara Municipal de Lisboa. Depois o caso do licenciamento do Convento dos Inglesinhos. Agora o licenciamento (ou falta dele) do empreendimento imobiliário na Avenida Infante Santo.

Carmona Rodrigues tem estado sob fogo cerrado. Mas tem estado sozinho. Ou melhor, o partido que o apoia, o partido pelo qual foi eleito tem feito questão de nada dizer.

Paula Teixeira da Cruz, presidente da distrital lisboeta do PSD e presidente da assembleia municipal da capital fez questão de nada dizer em apoio ao presidente da câmara.

Marques Mendes, responsável pela escolha de Carmona como candidato laranja à câmara de Lisboa optou também pelo silêncio.

Esta ausência de tomada de posição ao lado de Carmona é tanto mais inesperada quando Carmona Rodrigues tem sido o único autarca eleito pelo PSD a fazer ouvir-se nas críticas ao governo. Especialmente depois das afirmações desastradas do presidente da associação de municipios, resta a voz de Carmona Rodrigues.

O presidente da edilidade lisboeta tem criticado duramente o governo socialista em questões como o novo aeroporto, a ampliação do porto de Lisboa ou lei das finanças locais. Tem feito mais pelo desgaste deste governo que o próprio Marques Mendes. Será esse o problema?

Será que Carmona perdeu o apoio de Marques Mendes? Será que Paula Teixeira da Cruz quer ocupar esse lugar? Ou será apenas consequência da inveja e do clima de pequena intriga promovida pelos chamados "vereadores do PSD" junto do aparelho partidário?

Este silêncio está a tornar-se ensurdecedor!


Eusébio Furtado