Carmona ficou mais fraco
Carmona Rodrigues anunciou hoje o fim da coligação que celebrou com o CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa.
Vale a pena recordar que esta coligação garantia a maioria no executivo camarário e que foi firmada com Maria José Nogueira Pinto, mesmo com a resistência de alguns vereadores do PSD que, mais por razões pessoais do que políticas, foram minando este acordo.
Com Paula Teixeira da Cruz no comando da distrital de Lisboa do PSD e a sua conhecida oposição a coligações entre o PSD e o PP, a pressão contrária ao entendimento existente na autarquia lisboeta aumentou.
Parece que apenas Carmona Rodrigues e Marques Mendes suportavam a coligação em nome da governabilidade de Lisboa. Este empenho de Marques Mendes prende-se com o facto de ser ele o principal responsável pela candidatura de Carmona Rodrigues. O sucesso de Carmona será sempre, também de Mendes. O insucesso, a ocorrer, também será de ambos.
Com o conflito entre Maria José Nogueira Pinto e Paula Teixeira da Cruz ao rubro, a pressão tornou-se insustentável. Aqueles que se opunham à coligação reforçaram a sua posição e utilizaram todos os expedientes e pretextos para tornar a cisão inevitável.
Perante esta situação de cerco, Carmona não resistiu. Cedeu.
O presidente da câmara da capital tratou então de construir e provocar uma situação de rotura. Um pretexto para poder satisfazer as pressões que sentia.
Tratou-se apenas de criar uma situação que pareça constituir uma "falta de lealdade" para com ele. Foi assim. Carmona indicou para a Sociedade de Reabilitação da Baixa um antigo colega de Maria José na Misericórdia com quem ela tinha más relações. Conseguiu assim que a vereadora não votasse a proposta que foi chumbada. Estava criado o pretexto...
É óbvio que foi um pretexto. Se não fosse assim, Carmona não indicaria alguém que sabia que Maria José não aprovava. Se o objectivo não fosse esse, que sentido faria indicar agora alguém sem o acordo da vereadora que ele próprio designou para superintender o processo de revitalização da Baixa de que esta sociedade é um instrumento?
Carmona não queria. Mas não resistiu às pressões. Carmona hoje ficou mais fraco...
Manuel S. Carneiro
9 Comments:
Boa vista.
Ora aqui está um episódio bem esclarecido.
R.TR
O Carmona está mais dependente... Do Marques Mendes, da Paula Teixeira Pinto e dos vereadores do PSD. Está refem... Até se fartar e ir embora.
Quem se está a rir é o Pedrinho (o Santana Lopes)...
E ainda não é tudo. Ainda faltam as negociatas na GEBALIS com vereadores do passado e do presente...
o Carmona é um banana
já chega das manobras do psd para o controlar
Isto tudo, para além do facto da Maria José estar a fazer um bom trabalho, aliás como se esperava, ao contrário da maioria dos vereadores do PSD que, francamente, nem se percebe como é que foram eleitos. Carmona Rodrigues só ganhou, porque o seu maior opositor se chamava Manuel Maria Carrilho.
Santana Lopes está a ver o circo a arder...
A história não é bem assim! Tudo começou de gacto com a SRU da baixa-chiado. Carmona tinha convidado para o conselho de Administração Pedro Portugal Gaspar, deputado municipal e conselheiro nacional do PSD eleito na Lista de Luis Filipe Menezes. Por imposição de Marques Mendes, Carmona recuou e ao apresentar a proposta em reunião de Câmara retira o nome de Pedro Portugal. Sem avisar Zézinha. Perante esse desrespeito, Zézinha vota contra, e o resto da história já se sabe. Quem ganhou no mei disto? Paula Teixeira da Cruz, que tudo fez para destruir a coligação!
A tal Paula prestou um excelente trabalho ao partido...pode ser que, agora, a coligação seja PSD/Bloco de Esquerda... Marq
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