14.11.06

O desafio agora é outro







«A expressão “globalização” significa a crescente mobilidade de bens, serviços, trabalho, ideias, tecnologia e capital à escala planetária. Apesar de não ser um fenómeno novo, a globalização intensificou-se, desde logo, pela combinação de um conjunto de factores de natureza política e económica: a estabilidade do pós-guerra, a criação e consolidação das Nações Unidas, a criação de instituições para gerir as regras do comércio internacional, o fim do colonialismo, a redução progressiva das barreiras que condicionavam o comércio e o investimento internacionais, as transformações económicas iniciadas pela China no final da década de 70, a dissolução do bloco de leste no fim dos anos 80, as reformas económicas realizadas na Índia democrática nos anos 90.

A este conjunto de factores veio associar-se um poderoso catalisador: uma revolução tecnológica que não só aumentou exponencialmente a qualidade e a velocidade das comunicações, como reduziu vertiginosamente os custos de produzir, processar, armazenar e transportar informação. O mundo passou a estar dotado de infra-estruturas de comunicação planetárias, acessíveis a partir de qualquer tipo de equipamento, a qualquer hora, de qualquer lugar.

Nos chamados países emergentes, a abertura dos mercados retirou milhões de pessoas da pobreza, abrindo esperança e criando novos horizontes de bem-estar. Para qualquer país, incluindo os países mais pobres, o grande risco que se coloca é o de ficarem isolados da globalização.

O desafio já não é “Pensar Global e Agir Local”, o desafio agora é outro: “Pensar Global, Agir Global”. Por outras palavras: fornecer produtos e serviços globais, concebidos por talentos globais, baseados em conhecimentos globais, para mercados globais.»



crisdovale

3 Comments:

At 11:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

É fundamental perceber em cada momento quais são forças determinantes da estratégia pensar global / agir global. Não é fácil!!!!
LC

 
At 11:57 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Nem trivial, nem unifiorme.
Se o fosse....
JBG

 
At 10:35 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O que percebo disto é que se trata de uma questão de maior intensidade e de maior velocidade nas trocas comerciais. Porque, pelo resto, a globalização é igual ao que sempre foi.
Diz-se até que algúres no final do Século XIX princípios do Século XX, o volume das trocas comerciais internacionais "bateu" qualquer record da actualidade ... não percebo pois que "especioso bicho" é este.

 

Enviar um comentário

<< Home