31.1.07

No cume do repente

"... que designa os signos na mudança de serem lidos no cume do repente se a solidão o estuda e no vagar o alcança."
Fernando Echevarria

"(...)
Pergunta- De uma forma simplista, diz-se que o "cavaquismo" se dividiu em dois períodos: a um primeiro tempo atribuem-se todas as virtudes; a um segundo, concedem-se todos os malefícios.

Resposta- Não houve dois períodos. Houve primeiro que normalizar o país, ou seja, aproximá-lo do modelo de sociedade dos Estados do Ocidente: liquidar o peso do sector público na economia; fazer as privatizações; pôr termo às ambiguidades sobre a propriedade da terra e acabar com as UCPs; desnacionalizar os media ( a imprensa, a rádio, a televisão) ; modernizar o sistema fiscal que tinha trinta ou quarenta anos; restaurar o sistema financeiro; baixar a inflação e o deficit do Estado; aumentar o rendimento médio dos portugueses e o poder de compra das populações; modernizar as vias de comunicação e as telecomunicações; garantir a cobertura hospitalar; aumentar a escolaridade obrigatória; restaurar o parque escolar; restabelecer o ensino tecnico profissional, destruído pela revolução; aumentar o acesso ao ensino superior...

Pergunta- E por aí fora...

Resposta- E por aí fora. Ou seja, fazer em Porugal o que, na essência, fora feito na Europa entre 1948 e 1973.
Em circunstâncias muito mais desfavoráveis, porque esses vinte e cinco anos foram para os países Europeus e para os Estados Unidos, os anos de maior expansão historicamente registados

(...) "

(Da entrevista de Maria João Avillez a Vasco Pulido Valente
in publico-magazine, nº259/26.2.95)


crstovaodovale

1 Comments:

At 10:37 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Nesses anos as economias europeias cresciam a 6 por cento ...

 

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