Vim só para não dizer que não vim
“Diriam todos em frase marinhesca, que em todo o mar salgado não havia nau de melhores manhas”
(Sermões – VIII, 3)
Servir um acepipe talvez um tudo nada sediço, mas condimentado com o perrexil saboroso dos afectos.
Não se trata de narcisização impertinente, pois estava a bom resguardo no escrínio onde descansam as provas de apreço e as lembranças dos meus gregotins literários.
A voz cariciosa de críticos benévolos impele a titubeante pluma, esfarrapada por brutas intempéries, às suas garabulhas.
Os atavios com enfeites de gala e festa tombam, rajados pelo pico da maresia salina.
Continuaremos, pois, no tablado.
Vim só para não dizer que não vim.
E também para dizer a ela , como o mestre diogo bernardes em o lima:
“ Não te darei ouriços espinhosos, sabes, Ninfa, por quê? Porque receio que piquem esses teus dedos mimosos.”
Bruno Ventana
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home