UMA SEMANA DE OUTUBRO EM KUBANACAM
“Hoje é mau, e cada dia será ainda mais mau, até que o pior aconteça”
Após a operação “silenciamento de Marcelo” e enquanto decorrem as operações DN (remoção de Fernando Lima, com conexões ao mundo do cavaquismo, e ascensão da neosantanete linha elaborada, Ferreira Alves, tostadinha da esquerda/caviar), JN (entrada em cena de Ribeiro Ferreira, que pode fazer passar Luís Delgado por moderado) e RTP (abanão em Rodrigues dos Santos?), o país teve ainda o número do director geral Moniz, o Alberto João a andar de elefante, o Jerónimo a dizer que não, Santana Lopes a apelar aos eleitores dos Açores para não votarem em função dos líderes nacionais, e a comunicação do mesmo ao país, modelo Natal x3.
Não foi mau. Mas houve mais e melhor:
Um artigo da “Focus”, sob o impressionante título “Palacete de S. Bento – A Quinta de Santana”.
Aí se conta que
“…mercê de uma nova distribuição de espaços e de uma redecoração “sem dramas”, o primeiro – ministro conseguiu obter um confortável combinado de gabinetes e “zonas de estar” no 1º piso. Nesse refúgio, trabalha e convive até altas horas, depois de ter terminado as funções oficiais no rés - de - chão e antes de ir aconchegar os filhos nos quartos do antigo sótão. Aí recebe amigos e amigas, liberto dos formalismos que o uso dos salões nobres lhe imporia. Chega a estar dias inteiros no seu novo “reduto” (sobretudo aos fins de semana), enquanto cá em baixo na portaria da rua da Imprensa à Estrela, os polícias de serviço se esfalfam a inscrever nomes sonantes da vida social e política na interminável lista de visitantes.”
“(…) Pouco depois da tomada de posse ….começaram a frequentar S. Bento inúmeros amigos e amigas do novo primeiro – ministro, que chegavam sem aviso ou formalidade. Vinham estar com “o Pedro”. Muitos são dirigentes e figuras de proa do próprio PSD. Outros seguem há muito a vida de Santana Lopes, como apoiantes, confidentes, compagnons de route. Entre eles não faltam figuras públicas, celebrizadas em revistas cor - de – rosa.”
“(…) Depois que “assentou” no cargo, voltou mesmo a sair à noite, a matar saudades dos seus locais de culto e estimação: a Bica do Sapato e a Kapital de novo recebem, a horas pequenas, a visita do seu mais famoso cliente. Regressa então “o Pedro”, divertido e noctívago – o mesmo que nos anos 90 enchia com a sua graça natural a discoteca lisboeta “Stones”, onde se sentia verdadeiramente “em casa”, e onde chegava a ir, às segundas e terças feiras, mesmo sem companhia para “tomar um copo “ e “meditar”.
Não pode hoje desafiar Cinha Jardim para acompanhá-lo nas discretas saídas nocturnas: a ex-namorada do primeiro – ministro está a representar um papel na Quinta das Celebridades, da TVI. Mas Pedro não se esqueceu de lhe telefonar, na véspera do início do programa, desejando boa sorte e mandando saudades”
(…) E não falta quem lhe adivinhe, na organização quadricular do Palacete de S. Bento, um quarto vazio, reservado, cativo. Talvez destinado a quem trocou um lugar na Rua da Imprensa à Estrela por uma Quinta onde só a Imprensa vê estrelas.”
O director da Focus demitiu-se, alegando “falta de meios”.
Lourençobravo
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