11.10.04

QUE BOM QUE É DEPARTIR

“O mundo é a cores, mas a preto e branco é mais realista”
Wim Wenders



Desta vez sem ser a dar louvadas ao mandarim (vd. Ministério Borracha), Augusto Santos Silva deu sinal de si. E (muito) bom sinal. No “Público”de sábado apresenta um notável artigo – para ler e reler - em que disserta, por vezes de forma lapidar, sobre os valores em televisão, a alienação e a manipulação.
O autor sabe do que escreve e escreve muito bem.

Fica um reparo: não convém ligar demasiado “o jogo” que brilhantemente desmonta com a “onda” de direita. Entre outras maravilhas, o big brother, as reportagens de Entre-os Rios, e os inefáveis Brandão de Brito, João Silva e Arons de Carvalho eram de outra “onda”. Eram mesmo de outras ondas.
E “pressões”, essas então, não têm época.
Numa ocasião (ao tempo do XIII Gov. Constitucional) um destacado vulto da Ciência lusa, da área socialista, ouvido com muita atenção, ainda hoje, pelas mais altas figuras do Estado, deu à estampa no “Público” um notável artigo criticando, fundamentadamente, a política científica do momento. Pois recebeu de imediato agreste recado correctivo, anunciador de futuras “desvantagens”….
Sabe o Augusto Santos Silva quem mandou o recado?
Ora vê que adivinhou….


cristovaodovale