7.10.04

A IMPIEDADE NASCE DUM AUGÚRIO

“O pacto que havia entre eles era o de não se enganarem com as suas pretensões”


O sr Paes do Amaral, homem de negócios, trata dos seus negócios. É lá com ele. Mas, se na equação que deles faz entram, em contrabando, interesses tutelados pelo Governo, que são os públicos, então a coisa alarga-se e o enredo tem de ser mais partilhado.Com o público precisamente.

Ora, por que é que se sacode um “fazedor de audiências”, o celebérrimo Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que além do mais era dos poucos, ou mesmo o único sinal de qualidade da televisão tablóide da quinta das celebridades, dois dias depois de uma desgrenhada intervenção do espumante Ministro Gomes da Silva?

Porque o homem de negócios ganha (ou espera ganhar) alguma coisa, ou, no limite, evita perder (ou espera evitar perder) alguma coisa.

Neste lamentável caso, os coices à liberdade de opinião, a inabilidade política e a boçalidade de processos exibidas são praticamente um epitáfio.

Quanto ao “PPD- PSD”, que Francisco Sá Carneiro rebaptizou de PSD, a ele se referindo nos tempos de brasa como partido da Liberdade, para onde vai mais ao seu governo?
A trajectória que leva faz lembrar cada vez mais a da corveta Saragoça (vd. Relance é com Eça)


(Já de madrugada, na festa dos 12 anos da SIC, Balsemão e depois Belmiro de Azevedo falaram de liberdade na comunicação social e daqueles que não se deixam condicionar por pressões…)


Lourenço bravo