1.10.04

SÓ O MAR FICOU AZUL

“Que país é esse onde matam um rei e um príncipe e a primeira medida que se toma é demitir o Ministério?”

Eduardo VII ao Marquês de Soveral


“Le plus âpre et le plus dificille métier du monde,
à mon gré, c´est faire dignement le roi”

Montaigne


“Tanto se perde por uma carta a mais como por uma carta menos”

Cervantes



Em 28 de Setembro, data do seu nascimento (1863), duas notas de lembrança de um rei de Portugal:

“D. Carlos foi um bom ou um mau rei? Não foi dessa questão que dependeu a sua sorte. Como esclareceu António José de Almeida, mesmo que o rei de Portugal tivesse sido S. Francisco de Assis, os republicanos portugueses tê-lo-iam derrubado da mesma maneira. A sorte da monarquia em Portugal não foi determinada pela bondade ou pela maldade atribuída ao rei. Por um lado, havia uma república de facto, coberta por um leve manto monárquico. Em Portugal, a república havia de ser sempre uma mera questão de substituir o hino, bandeira e selos, e acabar com os privilégios (ou direitos) de uma família. Por outro lado, o chamado “Partido Republicano” tornou-se uma força quando, para além dos velhos ideais, congregou as ambições de uma geração.

Essas não podiam satisfazer-se com simples concessões ou com um comportamento exemplar por quem estava no poder: só com sinecuras e honrarias, e sinecuras e honrarias para todos os novos só haveria se os velhos fossem atirados fora e um regime novo abrisse as portas do Estado.

Foi essa a lógica da República e contra essa lógica nunca houve argumentos”

Rui Ramos



“O monarca sábio, omo lhe chamou o seu amigo, o príncipe Alberto I e Mónaco, ficará na história como o pai da oceanografia portuguesa. Em boa hora escrevera: Concluída a bordo do Amélia, a montagem de todos os aparelhos e feitos alguns ensaios preliminares, tivemos no dia 1 de Setembro de 1896 o prazer de começar a primeira campanha oceanographica nacional nos mares de Portugal.”

Luíz Saldanha


Bruno ventana