23.9.04

OS BEBEDORES DE AMERUTE

"...não comemos outra coisa senão os limos que achamos na babugem da agoa ."


Há dias, o interessante e civilizado « Professorices » rebateu um post da "Minha
Rica" e recebeu, a seguir, correio amigo de leitores, louvando sobretudo a
ausência de "autoritarismo" do seu autor.

Lá no meio do dito correio aparecia uma mensagem bem bonita, em que o autor,
todo limpinho e pudibundo, se insurgia contra o "levar a sério" blogues
anónimos.

E quem é este cavaleiro andante?

Parece tratar-se de um sr. António Granado.

Mas, será que é o mesmo que, na entrada dos anos 90, batalhava sem desfalecer
nas páginas do "Público", em prol do Mandarim, esse, o do pagode.

As suas opiniões, as suas críticas, os seus anseios, as suas lutas e os seus
parágrafos tinham sempre uma característica: eram tal e qual as do Mandarim.

Sempre.

Fez, pois, jus ao título de mandarete.

Na peugada dos maninhos mais crescidos, que pululavam no "Público" e no
"Expresso", saídos da meiga incubadora fabricada pelo Mandarim na velha JNICT,
com o aperaltado nome de "Núcleo de divulgação científica" e com o dinheiro do
contribuinte (a propósito, que será feito do espólio da Filmoteca de CT ?)

Eram eles, entre outros, o inefável Malheiros, conhecido como "porta-voz", o Rui
Cardoso, o Rui Trindade e a Filomena Naves. Mandaretes de primeira linha. O bom
do Granado, se bem que de segunda linha, não desmereceu na continuada labuta.

Jornalistas de política científica e tecnológica. Bem bonito.

Todavia não tinham isenção, eram acríticos em relação ao padrinho, e vesgos de
raiva contra quem com ele não pactuava, que, para seu azar, era (e é)o melhor da
comunidade científica.

Não foram aprumados como jornalistas.

Eram, verdadeiramente, uns gambozinos políticos.

Ora o sr Granado continua o mesmo. Acrítico e rastejante, ainda se eriça.

E está agora preocupado com anonimatos?

Não esteja, que eu vou-lhe contar uma coisa:

Sou o gajo que abonou decisivamente o seu pedido de uma bolsa nos Estados Unidos
junto da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

E sabe porquê?

Achei que o António Granado escrevia bem e que, apesar de tudo, valia mais que
os outros.

Enganei-me.

Paciência (e tecnologia)


Cristovao do vale