20.12.04

AS COROAS DE LOIRO E OS AFILHADOS MOINANTES

“Deus nosso Senhor acuda aos ricos, que os pobres com qualquer coisinha se amanham”
popular



De esfuziote chegou ao fim.

Mas, convém reparar que entre a jorda de aventureiros e malfeitores de pinhal havia gente de outro género.

Havia um, bonacheirão mas gajo. Um outro, galhardo e com assopro. Um outro mais, com o aplomb que se recomenda nestas coisas.

O que é certo é que esta récita de guerreiros e varinas fica, para efeitos de História, uma nota de carnet.

Vai, como é costume, haver reprise. Com outra gente. De tinta fresca sobre a ferrugem, salvados do asilo dos fracassos.

Arranjaram prosa de engaste para as promessas do uso.

Lindezas de álbum. Vêm aptos a espojinhar o celeiro.

Trazem à frente um deles, o mais gostado, de veludo avelã.

Se ponho a relevo o contraste, admito que, por agora, parece que chega.

Fundamento tinha o Rodrigo da Fonseca: deputados, só os comprava feitos, pela razão de lhe saírem mais baratos.

O horizonte está brumoso.



Brunoventana