O FREI LUIS
“Cega, a Sciencia a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo Deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto”
F. Pessoa
As labaredas da consciência lavram altas. Num esplêndido arroubo de contrição, já perto de uma feroz flagelação, o prof Magalhães, esse o “Reinaldo Teles” (vd. Fellini 8 e ½ - 28.12.05), vem, na secção “cartas ao director” do Público, dar um brado de peito, daqueles de riçar a alma mais dura.
Brama, veja-se só, pela “Honestidade”! Quer mesmo, e “em primeiro lugar”, um choque da dita.
Submergindo no cálice da penitência, dispara para a acta que “a verdade, o rigor, a transparência, e a responsabilização são instrumentos essenciais de uma administração pública honesta e íntegra.”
A verdade.
O rigor.
A transparência.
A responsabilização.
Onde pára o ex-presidente da fct que fez disparar em Bruxelas as sirenes do pecado?
Aonde foi o fiel Reinaldo, o das estúrdias e rabinices que puseram a investigação nacional a côdeas por dois anos (vd. Maroteiras na Aldeia – 18.6.04)?
Foi-se.
Temos agora o Frei Luis.
Que o choque, que lhe tarda e merece, o acuda.
BrVentana
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