4.3.05

CORTESIA E ESTADOS DE ALMA

Os tempos vão de estranha calmaria.
A rapaziada dos jornais não fala e, mais notável, não especula sobre a composição do XVII.
A Nha Rica, que conhece o elenco, prometera, por cortesia, não abrir jogo até ontem à noite.
Por cortesia, o editor-chefe decidiu prorrogar esse prazo até sábado à hora de jantar.

E assim a calmaria reinante envolveu mesmo a Nha Rica, que nas últimas horas deu à estampa manifestações, mais ou menos desgarradas, de estados de alma.

Houve uma obscura intervenção – “um poema feliz porque as coisas vão mal” – que ficou a dever-se a um lamentável afrouxamento dos anéis de segurança do sistema de faróis.
O caso não se repete.

Coisa diferente foi “a despedida”.
Trata-se de uma prosa de Venâncio, o “nosso Venâncio”, aquele de quem a matula patuleia, ao ouvir o rugido, fugia por montes e cabeços.
Pois o Venâncio, sempre irrequieto, quis dar um berro d´alma!
Só que as guerras, também as da sedução, são cruéis como o diabo.
E o alvo do berro d´alma, a ingrata, “has a inclination” pelo Cristóvão…
O mundo é na realidade um sítio bravio.


bVt