18.3.05

NUMA BARRA SCALABITANA

"dos reis que diz descender tem quadros na salas, da puta que o pariu, nem quadros nem falas"




Treplicando
dizem os Réus
Segismundo Pereira e mulher
Contra os A.A.
Porfírio Nascimento e mulher

1.
Temos de acrescentar e rectificar a crítica que no artigo 1. da réplica se faz à obra do divino Eça (!)
Porque Pacheco fazia que lhe perdoassem as suas poucas virtudes e os seus muitos defeitos; tendo estudado bastante, nem era pedante nem presumia de esperto; ganhou, desde muito novo, honradamente, a sua vida, era sincero, leal e bom camarada; não arruinou o pai, nem pôs a família às portas da miséria, nunca gastou dinheiro que lhe confiaram por depósito sagrado, nunca pretendeu renegar as suas ideias e até se opunha formalmente a que para a sua parcialidade politica entrassem os que não tinham nem idoneidade moral, nem valor mental.
Pacheco era tão simples e tão humano que quando alguém estava prestes a entrar na cadeia por crimes infamantes, empregava todos os esforços para o salvar.
Por isso gozava da estima do meio em que vivia modesta e dignamente, segundo a sua condição e se o fizeram deputado e comendador foi sem o haver pedido e nem por isso ficou mais ou menos do que era.
Vê-se, assim, que Pacheco é a antítese do Eusébiozinho, um canalha torto, vêsgo, insignificante e vil que ficou nos Maias a atestar a fermentação de todas as escórias sociais e que, por isso, era justamente segregado do convívio de todas as pessoas de bem.
Esperando não termos de voltar a ocupar-nos da critica à obra do divino Eça.
2.
Porque a replica é uma dilatada e conspícua alegação em que se bolsam injurias a pessoas que não descem à indignidade de lhes ligar a menor importância e não se articula matéria de facto que tenha de impugnar-se.
3.
Deve a acção ser julgada como na contestação se conclui.

Junta-se um duplicado
Protesta-se por todos os meios de prova

O Advogado


Bartolomeu da Azóia