22.9.05

O ALCANCE DA COISA

"...e ela, arrebitando o dedo mínimo branquinho e papudo, sulcava-lhe as repas lustrosas com o pentezinho dos bichos..."
eça de queirós




Vendo-os ali, numa galhofa alvar à volta da gabiru que, pimpona e tostadinha, voltava à hora do jornal da noite e para sempre, só Fialho de Almeida pode ajudar a apanhar o alcance da coisa :



"...observando bem essas figuras...notar-se-ha em muitas já o quer que seja d´uma anthropologia regressiva: craneos em pera, temporas deprimidas, grandes rebordos osseos nas orbitras, maxilas de dogue, espessuras compactas de rochedo: certos prognatismos gorilianos, certos espessamentos de lábios fazendo de tromba, certos olhos mui juntos do nariz, onde a expressão tem da rapoza e do sagui...

Este facias é a marca exterior do retrocesso psychico distanciando cada vez mais a figura das formas elevadas da vida, formas que ele pode mimar ainda por um como que jogo scenico do habito, quem sabe mesmo se por uma reminiscencia ancestral, mas onde já está perdida a consciencia d´uma autonomia superior."



cristovaodovale

2 Comments:

At 7:32 da manhã, Anonymous Anónimo said...

best regards, nice info » »

 
At 8:46 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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