10.11.06

Governos calmantes

" O homem de Estado é dominado muitas vezes pelas circunstâncias, tanto ou mais que pelas teorias e princípios."
José da Silva Carvalho




"Não hesitando nunca em se associar aos gabinetes progressistas que reclamavam o seu apoio, temperava-lhes as exaltações com a madureza da sua reflexão; não hesitando em hastear a bandeira conservadora, que mais amava pela índole do seu carácter, afirmava o seu amor ao progresso... e assim temperava o quietismo infecundo." (A Revolução de Setembro, 5.5.1881)

"...era um moderador utilíssimo, quando as paixões se achavam revoltas e a agitação proveniente do excesso de vida se mostrava porventura temerosa." (Diário Popular, 4.5.1881)

"A sua missão na política portuguesa era essencialmente reguladora; era a brisa serena que amainava o vagalhar tumultuoso do oceano das paixões políticas." (Comércio do Porto, 5.5.1881)

"Pela situação em que se colocara, Ávila tornara-se uma espécie de pára-quedas, muito útil quando caiam os governos exaustos, organizando outros, transitórios, que serviam de prefácio a ministérios mais duradouros. Competia-lhe ser chefe de todas as situações provisórias. Havendo caso difícil, ele tinha a suprema habilidade de arranjar governos calmantes." (Gomes de Amorim)


(Da"biografia do Duque de Ávila e Bolama", de josé miguel sardica)



Cristóvão do Vale

1 Comments:

At 8:11 da tarde, Anonymous Anónimo said...

... exercia a função do Rei.

 

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